...§ Fthewise e a Arte do Real §...
24 de abr. de 2012
SOB O EFEITO DA ÁGUA
8 de fev. de 2012
VENCEDORES DO OSCAR 2012
Melhor atriz
18 de nov. de 2011
PAIXÃO À FLOR DA PELE
Este é um filme que todos deviam assistir um dia. Paixão à Flor da Pele é muito inteligente, muito bem escrito, que fala de paixões, de rejeição prematura, de decepções, fala de amizades e de pessoas que usam outras pessoas para esquecer alguém especial, para quem sabe, não pensar tanto em quem não consegue esquecer, com a inútil e a ingênua traição voluntária, uma maneira de se martirizar diariamente, de afogar um sentimento do bem, que com o tempo traz o mal do sofrimento.
Estar apaixonado é melhor que estar vivendo sem sentimentos. Não se deve deixar um vaso sem flores ou sem plantas. Para que serve um vaso? Para que se coloque algo. Assim é nossa vida. Para serve o coração? Para colocar sentimentos nele, sentimentos bons que irão embelezar o exterior da pessoa que carrega aquele coração.
Quem nunca sofreu uma paixão, e também uma decepção? Quem nunca esteve com alguém e mesmo sem querer desejava estar com outra pessoa? O coração humano é fraco, é um músculo sensível, tanto que não precisa de um soco para fazê-lo doer ou para machucá-lo, basta uma ofensa, uma humilhação, uma rejeição, uma mentira escondida, enfim, os inimigos mais destruidores que pode acabar com um coração, às vezes, com uma vida toda.
Tudo o que a paixão tem a oferecer, pode ser para fazer sofrer.
Trailer do filme:
11 de nov. de 2011
VIVENDO E APRENDENDO
É engraçado ver uma pessoa inteligente tentando não parecer idiota, ou ver que a ignorância se esconde em palavras sábias, e que não é inteligente saber tudo, mas não saber se interagir com outras pessoas.
Vivendo e aprendendo é sarcástico, divertido e inteligente, uma ficção cheia de argumentos reais e que proporciona bonitas lições, como: a vida de um professor intelectual que não vê suas próprias burrices na tentativa de escondê-las dos outros; a filha nerd com toda indelicadeza de uma alma triste; e ainda, um irmão adotivo que mesmo sem se importar com o amanhã, sabe dizer - “eu gosto da minha vida” - sem medo do que os outros vão pensar a respeito de sua vida simples.
Muitas vezes, filmes "B" que te preenchem, que te deixa com uma leve sensação do que é ser feliz comparado com o que o mundo capitalista deseja da sociedade. Coisas bobas que não prestamos atenção, o valor de um abraço, exigir demais o que é irrelevante, pedir ajudar apenas para ter a oportunidade de conhecer alguém melhor, ser sincero nas palavras e dizer para alguém quando é a hora de parar com tanta chateação. O orgulho sempre perde para a humildade, o ódio sempre perde para o amor, a solidão sempre perde para a paixão, em “Vivendo e Aprendendo” as pessoas mais espertas perdem para as modestas.
Às vezes, o que realmente nos falta é permitir que mais pessoas entrem em nossas vidas, por que assim podemos ser transformados, e não ouvir “você tem o QI de uma formiga burra”, mas para entender que a vida não é apenas questão de status, é ter humildade para enxergar que dependemos do próximo para crescer em relacionamentos, além do mais, ninguém aprende a dar um abraço cruzando os braços para trás.
4 de nov. de 2011
PLANETA DOS MACACOS - A ORIGEM.
Sem dúvidas é um filme fantástico, e nos mantêm atentos a tudo o que está sendo mostrado pelos seus 105 minutos. Eu, como simples criacionista, gostei, imagina os evolucionistas! E tudo porque o protagonista do longa é um macaco inteligente e bem comportado, claro, até certo ponto. Já imaginou uma criança de cinco anos de idade com o conhecimento de um adulto de 33? É assim que vejo César no segundo ato. Diversos críticos desprezaram e falaram mal deste filme, por conter FALHAS, e por acaso somos perfeitos?!!?...risos...ficaram insatisfeitos com a encenação de "James Franco"(Will), mas não homenagearam o grande ator "John Lithgow", que faz o pai de Will, e que sempre faz atuações magníficas, desde “Síndrome de Caim” – e passagens por séries como em “Dexter,” na quarta temporada.
Planeta dos macacos a origem é para toda família, é para divertir, sentir raiva, se surpreender e aceitar o que acontece com o macaco César. Algumas pessoas poderão dizer que “o final” do filme, deixou a desejar, entretanto, temos que considerar que ele está revelando como tudo aconteceu até chegar ao verdadeiro “Planeta dos macacos”, vistos nos outros filmes da série.
A direção de "Rupert Wyatt" merece aplausos e respeito, pelo foco nos personagens, que parecem transmitir o que estão vivendo naquele momento. Como a cena em que se desenha algo com demonstração de dor da saudade que está sentindo, e que aquele singelo gesto de encostar a cabeça no desenho fosse trazer um pouco de paz interior; ou a cena da agonia do pai de Will na cama. Podemos perceber, através do olhar de César, que as coisas estão sendo mudadas em sua mente, estão sendo entendidas, e ele se vê amadurecendo com inteligência, não como um animal de estimação, dominado. E toda a ação no terceiro ato é elaborada com extrema beleza e angústia, algo majestoso e potente na história.
JUST ONE PHOTO:
Um simples deslocamento pode mudar um comportamento para sempre.
Trailer do filme:
27 de out. de 2011
GAROTA FANTÁSTICA
Este é um filme que não faz você pensar e pensar, até que caia a ficha dos porquês nele envolvido, como o extraordinário “Amnésia”, que muita gente acaba achando chato, talvez porque o próprio roteiro faz um teste com o espectador, se o mesmo sofre de amnésia e entenderá realmente a história, ou se dirá, "não gostei" - afinal - "acaba sem pé e sem cabeça!" Será?
Mas o meu assunto é "Whip-it", horrivelmente traduzido para "Garota Fantástica", que marca a maneira inteligente que Drew Barrymore dirigiu o longa, e como Shauna Cross se saiu bem adaptando seu próprio livro “Roller Derby”. Como resultado, um trabalho cativante.
É uma lição maravilhosa para quem consegue vê-lo como tal, para pensarmos em como enfrentamos situações semelhantes ou não. O gosto amargo de uma desilusão amorosa; as discussões tolas com as pessoas que deveríamos apenas amar; as disputas ingênuas entre amigos e inimigos; o desejo de liberdade; o desejo de viver o que vem no coração, de ser livre para escolher quem eu quero amar, o que quero fazer e o que não quero fazer da vida; de não engolir o que me aborrece e de enfrentar o medo mesmo com tantas coisas conspirando contra minha vontade; dos absurdos ao ouvir :"você não nasceu para isso ou aquilo; eu só quero o melhor para você"; pais super protetores; o amigo-irmão que jamais queremos perder porque entende nossas ações, porque sabe como somos. Sem a timidez que congela, sem a vergonha que inibe, sem nada.
Sim, é um filme de adolescentes, mas com um espírito que devemos levar por toda a vida.
A guerra de comida no segundo ato é engraçadíssima; a privação materna por não admitir mentiras é exagerada; o abraço paterno por enxergar que a vida dura um instante, e que ver um filho feliz e deixa-lo fazer o que gosta, é mais seguro e encorajador.
Enfim, Whip-it simplesmente me cativou, e não é fácil esquecer-se de filmes, onde a alma é atingida sem muita razão aparente, mas, que trás emoção ao nível de prazer e choro, e os pensamentos giram em torno de cenas simples, num ato gostoso do ver e rever, como a cena da primeira vez na quadra na piscina.
Drew Barrymore, que também atuou no projeto, soube com capacidade e inteligência, desenvolver um filme engraçado e amoroso, sem perder o senso de humor e que permiti um momento de reflexão, sobre as coisas gostosas da vida, onde talvez, muitos questionam que certas coisas não valem nada, mas após vivenciar, não há duvidas, é a melhor coisa do mundo.
Chicoteia (whips), faça o que gosta de fazer, e não o que impõem como obrigação.
MINHA NOTA: 10.
JUST ONE PHOTO:
Trailer do filme:
19 de out. de 2011
RESUMINDO GERAL : Natalie Wood
O que talvez tenha mais chamado a atenção da vida de Natalie, não foram apenas seus inúmeros filmes e sim, o mistério de sua morte. Hoje, ela teria 73 aninhos, uma senhora e tanto. Sobre seu falecimento, conta-se a história, que, aliás, segundo as pesquisas, uma história pouco convincente até os dias de hoje. O fato é que em 1983, durante um intervalo do filme "Projeto Brainstorm", Natalie foi descansar num iate com o marido (Robert Wagner) e também com o amigo do casal Christopher Walken(aquele feioso do filme Click com Adam Sandler), então, conta-se também que todos estavam meios bêbados e o trio começou uma discussão. Robert achava que o Chris estava flertando com Natalie. A atriz, aborrecida e alcoolizada, aparentemente pegou a balsa salva-vidas do iate, tirou de seu corpo com a intenção de pernoitar em terra, mas acabou caindo no mar, e como efeito da bebida nas veias, ela não conseguiu subir de volta. Resumindo: no dia seguinte, seu corpo foi encontrado boiando perto de uma praia. A coitada morreu afogada lentamente. Que tragédia.
Este teria sido o barco em que supostamente ocorreu o incidente que levou a vida de Natalie para sempre.
Curiosidades:
Ela começou a fumar aos 16 anos e ainda fumava muito aos 43 anos, idade de sua morte.
Sua mãe Maria Gurdin morreu aos 85 anos de pneumonia.
Seu pai Nick Gurdin morreu aos 66 anos de ataque cardíaco.
Natalie tinha trauma de água escura(de mar), não sabia nadar e tinha medo de morrer afogada(predestinação?).
Ela namorou Elvis Presley, mas foi algo rápido e talvez pouco romântico.
Informações extraídas dos links:
14 de ago. de 2011
A INFORMANTE
Baseado em fatos reais de uma conspiração que existe envolvendo a então famosa e “inútil” ONU, que já foi tema de diversos filmes de diretores criativos que desafiam sua inquietação ao revelar para o mundo, como a sujeira pode estar escondida em organizações que apenas aparentam seriedade.
Kathy Bolkovac é policial protagonista que adora seu trabalho e até o coloca em primeiro lugar na vida depois de ter perdido a guarda da filha. Agora ela aceita a missão de ir trabalhar na Bósnia para a ONU como pacificadora num país em regime de reconstrução pós-guerra e suas regiões mais atingidas, tudo isso para tentar uma futura transferência para ficar mais próxima da filha. Mas, sendo competente em sua função ganha promoção como diretora e assim começa a investigar uma suposta violência contra mulheres e o pior, a corrupção contra jovens garotas que são vendidas no tráfico sexual do país. Com a intenção de ajudar a quem puder, acaba por descobrir que os envolvidos nesta lama de prostituição estão as pessoas que ela menos espera, desde diplomatas a diretores.
Rachel Weisz aos 41 anos é uma atriz cativante mesmo sem aparecer num filme reconhecido, mas que está sensacional como Hipátia em “Agora”, e engraçada e valente em “Vigaristas”. Rachel continua sendo uma atriz de prestígio, uma das poucas que não faz muito uso de maquiagem e mantém-se linda e brilhante, pois suas aparições são sinônimas de belas atuações, como na cena do bar em que ela tenta convencer garotas escravas a acompanhar os policiais que prometem protegê-las.
Dirigido por Larysa Kondracki que com uma competência devastadora causa repulsa e revolta aos nossos olhos pelo abuso contra jovens que são vendidas e violentadas por grupos federais, que não se importam pelo senso moral, cultural ou religioso, mas só se interessam pelo prazer sexual e ganância de dinheiro, permitindo que reflitamos como pessoas são humilhadas e mortas pela hipocrisia de muitos, enquanto assistimos a séries de TV no assento quente de nossas poltronas.
O filme causa indignação por tamanha revelação ao tema de tráfico sexual e que a ONU, mesmo sabendo de todas as provas das irregularidades se faz de inocente mantendo com imunidade federal todos os diretores e policiais daquele pobre país, e isto é apenas uma realidade que muitos não conhecem, mas que existe e infelizmente, o ser humano é o elemento mais afetado pela situação.
MINHA NOTA: 9.
JUST ONE PHOTO:
Será que um homem arriscaria sua própria vida para desmascarar autoridades corruptas? Bom, ela agiu diferente.
Trailer do filme:
3 de ago. de 2011
ENTERRADO VIVO
Bela atuação de Ryan mas, sinceramente, eu não aceitaria um papel assim.
24 de fev. de 2011
TROPA DE ELITE 2
“Apesar das coincidências com a realidade. Este filme é uma obra de ficção”.
São palavras iniciais do filme mais competente e eficiente que o Brasil já produziu. Com um roteiro extremamente inteligente e ousado, Bráulio Mantovani e José Padilha escrevem uma história expondo em cartas brancas uma verdade que conhecemos há décadas, a irritante revolta que a população tem de criminosos, policiais e políticos.
Coronel Nascimento continua com seu desejo de acabar com o mal nas favelas do Rio de Janeiro, porém, a vontade de manter o bem vai por água abaixo quando surge um problema ainda maior, a polícia que corrompe os habitantes com a ajuda de uma política corrupta. Uma atrás de votos, a outra atrás de uma falsa segurança para o povo em troca de pagamentos. Ao fracassar numa operação no presídio Bangu 1, Nascimento acaba ganhando pontos com a mídia, que o aplaude de pé num restaurante, mas é alvo de críticas severas de um deputado que luta por direitos humanos e que causa transtornos para a polícia, além de causar irritação para o governador do Rio por ver o coronel como um problema.
Nascimento diante de um novo cargo consegue aparelhar o BOPE de maneira mais completa e acaba de vez com o tráfico nas favelas, porém, acaba por descobrir outro grave problema, milícias dentro da polícia militar, que joga duro para arrecadar cachês e votos eleitorais. Até um apresentador com sua leve semelhança de “Datena” carioca quer usufruir do poder por ser a mente articuladora que mantém o povo com medo da criminalidade e assim, consegue tirar proveito do governador e encargos políticos.
Wagner Moura está esplêndido, com narração a altura de seu personagem, com sua bela voz pausada e séria, soltando frases de injustiça e sua vontade de derrubar canalhas. Ele volta com o personagem de maior repercussão no Brasil, com a exigência e brutalidade que seu cargo precisa, demonstrando envelhecimento e cansaço, que não gosta de agir com violência, mas sabe que se entrar na guerra tem que lutar. Um pai que batalha para ter um bom relacionamento com o filho, mas sabe dos obstáculos de há entre eles, por isso, busca no esporte com o garoto, um momento de contato íntimo para tentar aproximação e demonstrar seu amor ao filho.
O filme é um tapa na cara nas diversas áreas de comunicação e atividades corporativas. Desde o jornal que não quer publicar uma matéria sabendo que irá prejudicar o governador, até as decisões de votos em eleições, onde deixamos de ver quem são os mocinhos e bandidos no meio da política brasileira, para votar em colarinhos brancos. Afinal, votar num palhaço não é a melhor estratégia quando não se sabe escolher um candidato competente.
A direção é espetacular, até o pequeno efeito especial se encaixa criando uma obra prima a história do cinema nacional. José Padilha dirigiu com sabedoria e ação, sem deixar a peteca cair. Um filme que merece ser aplaudido de pé por tamanho respeito e preocupação em mostrar ao povo brasileiro como somos injustiçados e como podemos fazer a diferença se simplesmente votarmos com seriedade, ou caso contrário, o inimigo pode ficar maior e mais abusado. Afinal, já sabemos que ele existe, e que cresce a cada ano.
Uma guerra não se ganha sozinho e, herói é o soldado que não teve tempo de fugir.
11 de fev. de 2011
SCOTT PILGRIM CONTRA O MUNDO
Aí está um filme que agrada os olhos e o coração desde os primeiros minutos até os últimos segundos de movimento. É eletrizante, engraçado e estimulante. Feito num estilo de vídeo game com suas frases sonoras sendo escorridas no alto da tela e sua atmosfera de luta anormal. O longa encanta por uma direção eficiente, maravilhosa e inovadora, por ser capaz de criar uma fotografia que jamais chega a ser banal ou infantil, mas sim deslumbrante e desafiadora.
A estrela do filme nada mais é que Michael Cera (Scott Pilgrim), que para mim, é umas das melhores revelações do cinema pós-moderno que Hollywood descobriu. Sempre com um jeitão nerd e certo nível de insegurança, mas com um brilho de adolescente por sede de vitória e leve machismo misturado com fragilidade. E é isto que ele aparente passar como Scott, um jovem com idéias claras e descontroladas, que conquista mulheres, que teme se ferir, mas também vai com cara e coragem quando precisa enfrentar seus medos, e que nos faz rir por odiar as constantes piadas relacionadas ao seu cabelo.
O longa tem um círculo de lutas e desafios com toda aparência de estarmos dentro dos quadrinhos ou num de jogo de vídeo game. Com uma estratégia forte e elegante o diretor Edgar Wright sabe conduzir o filme num show pirotécnico de luzes, explosões e lutas ensaiadas. É incrível a beleza das cenas com seus cortes rápidos e inesperados para acelerar os fatos e apresentar só o que realmente importa, uma pergunta e sua resposta, ou apenas a ação de um ator. Ver toda a preparação de Scott para um combate com cenas ligeiras e de repente, tudo se cessa para simplesmente observar Scott amarrando os sapatos. E também entender que a suposta censura de palavrões ao mostrar a tarja preta na boca de uma personagem não causa nenhum alvoroço em Scott, mas o faz agir com naturalidade por saber que é apenas raiva de um amor não correspondido.
Tudo na projeção é admirável. A cidade fria e triste, mas quente e colorida com a presença dos personagens, as bandas e suas canções populares, as imagens divididas dando o ar de gibis, que na verdade é a origem da história do filme. Os pequenos banners que surgem dando pequenos detalhes dos personagens e das situações que agem de forma apropriada e redundante para elaborar a dinâmica da história. Além claro, da belíssima atriz Mary Elizabeth Winstead (Ramona), linda e perfeita para o papel.
Enfim, é um tipo de trabalho que ao final merece aplausos e elogios por produziram um mundo de aventura e excelência por tamanha competência.
3 de fev. de 2011
Cisne Negro
Cisne negro é lindo e assustador ao ponto de encantar.
Um filme para entendermos como funciona o balé por trás das cortinas, para vermos que ser frágil pode atrapalhar nossa personalidade e o mais importante, tentar ser perfeito pode causar distúrbio mental.
Natalie Portman vive uma mulher de 28 anos muito frágil e emotiva, até sua voz parece falhar por conta de seu jeito delicado, quase uma pureza sem vícios ou erros, apenas uma garota com paixão por balé.
Já de início o caprichoso roteiro nos leva a conhecer o inconsciente de Nina (Nalatie). O mundo do balé é apresentado de maneira pouca honrosa, no caso, entre as bailarinas, e também do abuso do diretor sobre pobres garotas quase ingênuas, da inveja entre amigos do ramo e os problemas em lidar com a própria sede de vencer.
O filme se movimenta através de um famoso balé russo chamado "O lago dos Cisnes", onde uma princesa é amaldiçoada e transformada em um cisne branco e somente o amor pode quebrar o feitiço, mas seu príncipe é seduzido por um cisne negro e ela se mata.
O que marca a atuação de Natalie é justamente a maneira que ela permite a perturbação da história invadir sua mente, pois ao mesmo tempo em que ela quer ser perfeita em todos os detalhes e demonstrar paixão em atuar como o cisne branco, ela não consegue passar sedução e sensualidade no papel do cisne negro irritando o diretor e causando disputa entre amigas. Nina passa a ser aterrorizada por alucinações assustadoras, o que torna o roteiro lindo e merecedor da indicação ao Oscar de melhor filme, melhor até que “A rede social”.
Natalie Portman provavelmente levará a estatueta como atriz, sua atuação é magnífica, tanto como garota vulnerável como a bailarina treinada, há cenas em que câmera percorre os pés até alcançar seu rosto, provando ser a mesma em cena.
O talentoso diretor Darren Aronofsky conduz Cisne Negro há um filme belo e doloroso, as mensagens através dos espelhos e a maneira que Nina começa a enfrentar seus problemas deixa o longa maravilhoso. As músicas tocadas apenas no piano durante os ensaios, as trilhas que nos envolve em momentos de maior êxtase e a técnica de sons nas partes em que há expressão corporal, sapatos que rangem no assoalho, corpos que se machucam. Tudo em sincronia de uma bela apresentação de balé, com um final digno de perfeição.
MINHA NOTA: 10.
JUST ONE PHOTO:
Emoções, crises, razão e liberdade. Um conjunto de palavras que auxilia no caminho.
Trailer do filme: