11 de fev. de 2011

SCOTT PILGRIM CONTRA O MUNDO

Aí está um filme que agrada os olhos e o coração desde os primeiros minutos até os últimos segundos de movimento. É eletrizante, engraçado e estimulante. Feito num estilo de vídeo game com suas frases sonoras sendo escorridas no alto da tela e sua atmosfera de luta anormal. O longa encanta por uma direção eficiente, maravilhosa e inovadora, por ser capaz de criar uma fotografia que jamais chega a ser banal ou infantil, mas sim deslumbrante e desafiadora.

A estrela do filme nada mais é que Michael Cera (Scott Pilgrim), que para mim, é umas das melhores revelações do cinema pós-moderno que Hollywood descobriu. Sempre com um jeitão nerd e certo nível de insegurança, mas com um brilho de adolescente por sede de vitória e leve machismo misturado com fragilidade. E é isto que ele aparente passar como Scott, um jovem com idéias claras e descontroladas, que conquista mulheres, que teme se ferir, mas também vai com cara e coragem quando precisa enfrentar seus medos, e que nos faz rir por odiar as constantes piadas relacionadas ao seu cabelo.

O longa tem um círculo de lutas e desafios com toda aparência de estarmos dentro dos quadrinhos ou num de jogo de vídeo game. Com uma estratégia forte e elegante o diretor Edgar Wright sabe conduzir o filme num show pirotécnico de luzes, explosões e lutas ensaiadas. É incrível a beleza das cenas com seus cortes rápidos e inesperados para acelerar os fatos e apresentar só o que realmente importa, uma pergunta e sua resposta, ou apenas a ação de um ator. Ver toda a preparação de Scott para um combate com cenas ligeiras e de repente, tudo se cessa para simplesmente observar Scott amarrando os sapatos. E também entender que a suposta censura de palavrões ao mostrar a tarja preta na boca de uma personagem não causa nenhum alvoroço em Scott, mas o faz agir com naturalidade por saber que é apenas raiva de um amor não correspondido.

Tudo na projeção é admirável. A cidade fria e triste, mas quente e colorida com a presença dos personagens, as bandas e suas canções populares, as imagens divididas dando o ar de gibis, que na verdade é a origem da história do filme. Os pequenos banners que surgem dando pequenos detalhes dos personagens e das situações que agem de forma apropriada e redundante para elaborar a dinâmica da história. Além claro, da belíssima atriz Mary Elizabeth Winstead (Ramona), linda e perfeita para o papel.

Enfim, é um tipo de trabalho que ao final merece aplausos e elogios por produziram um mundo de aventura e excelência por tamanha competência.


MINHA NOTA: 10.


JUST ONE PHOTO:


Está procurando encrenca? OK. Se estiver quente estou fervendo, se estiver fervendo, estou evaporando.





Trailer do filme:

Nenhum comentário: