24 de mar. de 2006

"A ILHA"

Seres viventes presos numa utopia tecnológica, onde tudo deve ser seguido em regras, desde as roupas, alimentação, contatos com outras pessoas e até seus sonhos e pensamentos. Nada pode fugir dos limites, ninguém deve quebrar as regras. Todos estão trancafiados neste ambiente milenar, que proibi acesso ao mundo natural que conhecemos, porque o mesmo se encontra isolado por uma terrível contaminação. Mas, há uma esperança para eles, há um lugar que não foi contaminado e que consideram ser o paraíso, este lugar se chama "A Ilha". Porém, a única forma de ir até lá, é atraves de um sorteio, como uma loteria, que todos esperam a sua vez, ansiosamente. E repentinamente, isso acaba por acontecer com a amiga de Lincoln Six Echo(Ewan Mcgregor), a então Jordan Two Delta(Scarlett Johansson), e quando ela esta prestes a conhecer a tão esperada ilha, Lincoln descobre que tudo é uma farsa, que não existe paraíso nenhum e que a loteria é um caminho mais rápido de leva-los a morte.
Eles são clones desenvolvidos com a mentalidade de um adolescente de 15 anos, e nada sabem sobre a vida. São os seguros de vida dos verdadeiros seres humanos, que pedem para serem clonados com a chance de receber transplantes de orgãos. Mesmo com toda dificuldade, Lincoln e Jordan, conseguem fugir da empresa de clonagem e chegam ao mundo natural que apresenta ser menos tecnológico que aquela utopia onde foram criados.

A ideia foi excelente, mas considero um grande erro, a distribuidora do filme (DreamWorks) ter revelado em seus traillers que o filme se tratava de clonagem, porque o suspense que dura 50 minutos até eles descobrirem o que eles são, seria mais intrigante e emocionante para nós telespectadores se vissemos pelo filme do que se tratava o mesmo.
A direção ficou por conta de Michael Bay, o qual sempre admirei por outros trabalhos de otima qualidade, como "Peral Harbor" e "Armagedon". O diretor sabe como tirar o fôlego e impressionar com cenas de ação e aventura. E neste novo, ele esta ainda mais ousado, por abusar de cenas movimentadas e de muita adrenalina, e é claro, tudo isso depois que o casal se aventura no mundo nunca explorado.

O filme vale a locação, pelas belas fotografias criadas e também pela ação bem desenvolvida. Afinal, cinema é ficção, porque se fossemos contar pela realidade, veríamos que ninguém sobreviveria com a cena do logotipo da empresa se despencando.
Completando o time temos, Michael Clarke Duncan como Starkweather e, Steve Buscemi como McCord, que ajuda o casal a se virar.

MINHA NOTA:
De 1 a 10, ficou com 8.

CONHECENDO O ATOR POR OUTRO FILME:
Scarlett Johansson – é a Charlote do chato "Encontros e Desencontros".
Ewan Mcgregor – no filme "Peixe Grande e suas Histórias Maravilhosas", ele faz o Edward Bloow.
Michael Clarke Duncan - o negão milagroso John Coffey em "À espera de um Milagre".

JUST ONE PHOTO:



Enquanto alguns morrem outros vivem,
e os que preferem viver, lutam para isso.

12 de mar. de 2006

“GUERRA DOS MUNDOS”

Adaptação do livro de H. G. Wells, e Spielberg mais uma vez, mostra ser o grande diretor que é, e claro, como em quase todos seus filmes há a relação entre pais e filhos, da ausência do pai e seus problemas, e que posteriormente prova que o amor dos pais supera as diferenças. Mas não é somente isso que vemos no longa. A maneira como o diretor mantém o suspense é bom, o medo dos atores em momentos fortes, a claustrofobia da filha de Ray Ferrier (Tom Cruise) chega a irritar em todos os momentos.
Tom Cruise prova ser um grande ator, o desequilíbrio nos momentos pavorosos ao ponto de não conseguir raciocinar em situações de desespero e o medo dos filhos, deixa um pingo de comedia e de precipitação por parte dele.

Em alguns lugares do mundo, os jornais notificam uma estranha queda de energia em grandes proporções, uma perda de força elétrica misteriosa que consome relógios de pulso, toda uma cidade, paralisações de carros, redes de comunicações e tudo relacionado a combustão. Uma nuvem misteriosa que dispara raios num mesmo lugar, ventos que sopram em direção a tempestade e uma cidade em caos em questão de minutos, é a chegada de extras terrestres, com as piores das intenções.
Os efeitos são extraordinários, o que caracteriza a grande chamativa do filme. E a grande destruição ou inicio da guerra, começa quando surge as então naves alienígenas.
Dois detalhes importantes podem ser apreciados como uma mensagem para nós, a dependência consumidora da energia elétrica e a paranóia americana de achar que tanques, mísseis e caças são a solução para combater qualquer invasão inesperada, idéias assim empenhadas por Bush.
Hoje, Spielberg dirigi de uma forma diferente (afinal todos nós mudados), mas a mudança acabou não seguindo a violência e a cenas fortes que um filme de ficção acostuma ter, que ele costumava fazer como em "Tubarão" e o angustiante "Encurralado". Porem, neste último faltou mostrar a verdadeira guerra dos mundos, vemos poucos alienígenas, nenhuma guerra, muito dialogo em lugares fechados e suspense causados por efeitos sonoros.

Finalizando, o filme não é lá um "Independece Day", talvez até esgote em certos momentos, mas a mensagem é ótima, a idéia que mostrar pelo filme que armas não combatem guerras, e que nosso próprio planeta gera defesas com sua enorme contaminação atmosfera, causando a morte em quem não tem um sistema imunológico adaptável.
O filme completa com os atores: Dakota Fanning(Rachel Ferrier), fazendo o papel de filha de Tom Cruise e Tim Robbins(Ogilvy) como o louco que aparece no terceiro ato do filme.

MINHA NOTA:
De 1 a 10, ficou com 6.

CONHECENDO O ATOR POR OUTRO FILME:

Tom Cruise – todos sabem quem é, não é? Também quem era casado com Nicole Kidman? Ele fez "Top Gun - ases indomáveis", era Pete Maverick.
Dakota Fanning - a filha Pita Ramos seqüestrada no ótimo "Chamas da vingança".
Tim Robbins – recebeu o Oscar de melhor ator coadjuvante em "Sobre meninos e Lobos", como Dave Boyle.

JUST ONE PHOTO:


Não adianta fugir e se esconder, principalmente quando o caçador se trata se seres mais inteligentes que nós humanos.

“MONSTER - DESEJO ASSASSINO”

Merecidíssimo o Oscar para Charlize Theron, como melhor atriz de 2004. O filme também é bom, é do tipo que mexe com a gente.
Baseado em fatos reais, o filme conta a história da primeira mulher Serial Killer dos Estados Unidos, a então Aileen Wornos, que Charlize, com uma mudança de aparência e peso, encarna o personagem de forma extraordinária. Apesar de Aileen ter feito tanta coisa errada, é possível termos pena dela, pois ela não queria a vida suja que tinha.
Christina Ricci também esta sensacional no filme, ela é Selby Wall, a namorada de Aileen, que mora com os tios para tentar curar sua homossexualidade, mas que decide fugir com Aileen que promete lhe dar uma vida de diversão e prazer.
Aileen se prostituí e um de seus clientes acaba violentando-a, ela consegue escapar e mata o sujeito, assim começa uma serie sem fim. Todos clientes que saem com ela é morto, até que a policia a descobre e a prende. Depois de ser testemunhada pela sua ex namorada, Aileen é condenada a 12 anos de prisão e a morte.

Em partes o filme é triste, a cena que as duas se despedi na estação de ônibus comove. Aileen queria uma vida decente, queria um emprego mas ninguém a ajuda.
A diretora e escritora Patty Jenkins fez um ótimo trabalho. Vocês deviam assistir este filme.

MINHA NOTA
De 1 a 10, ficou 9.

CONHECENDO O ATOR POR OUTRO FILME:

Charlize Theron
– a romântica Sara Deever em "Doce Novembro".
Christina Ricci – mais conhecida como Vandinha Addams em " A Família Addams".

JUST ONE PHOTO:

Talvez seja tarde para arrependimentos e rezas Sra. Aileen. Muitos querem a sua morte, como forma de justiça, daqueles que você tirou a vida.


UMA VISÃO PARTICULAR:
O que é a qualidade de ver a um filme legendado né, todos sabem que pelo DVD você pode escolher em dublado ou legendado. E a dublagem deste filme é horrosa, as vozes são feias para as atrizes, e outra, o timbre de voz da própria atriz não se compara a da dublagem.
Se você assistir este filme, você vai ver a cena que ocorre no banheiro, onde Selby quer tirar o gesso do braço e Aileen quer ajuda-la e assim começa uma discussão de ambas. Podemos ver a diferença de como Christina Ricci, (que tem uma voz naturalmente bonita) grita e fala, já com a voz dublada, não fica nada bom.
Por exemplo, legal ouvir Selby muito brava, perguntar em inglês: "WHY DID YOU QUIT HOOKING?" – o que quer dizer? Bom, é só você assistir, se possível legendado.

11 de mar. de 2006

"ENCONTROS E DESENCONTROS"

Estou começando a alugar os filmes de ganharam Oscar neste ano de 2004, só para ver se realmente mereceram, e logo na primeira escolha, pego este filme ruim, com um roteiro chato, sem ação, sem bons diálogos e sem emoção alguma. Por favor, não aluguem este filme, não percam seu dinheiro.

Bob Harris(Billy Murray), é um ator famoso, contratado para ficar um tempo no Japão e ganhar 2 milhões no comercial de um Uisque japonês, fora outros compromissos que aparecem. O filme mostra muito a dificuldade de não se falar a mesma língua (no caso a japonesa), que acaba até tirando alguns risos(mas nada tão engraçado), e também a dificuldade de fuso horário. Ele acaba conhecendo Charlote (Scarlett Johansson), que foi passar um tempo no país com o marido fotógrafo, e como ele sempre a deixa sozinha, ela acaba criando uma amizade com Bob. Bom e o filme fica nisso, nos encontros de ambos e seus passeios sem graça. Infelizmente assisti dublado (o que evito ao máximo), mas o engraçado na dublagem horrível é que numa parte eles perguntam ao Bob, se ele não quer ser entrevistado num programa Japonês, então ele pergunta: - "De quem é o programa?" – e os japoneses respondem: "Ah, é de fulano de tal, mas é como se ele fosse o Jô Soares do Japão." . Jô Soares do Japão? Que dublagem mas idiota, pior que o japonês do programa não tem nada haver com Jô, pisaram feio.

Terminando, o filme é ruim, não mereceu o Oscar de melhor roteiro original, porque o roteiro é chato. Acho que a Sofia Copola, só ganhou Oscar por causa do pai dela, Francis Ford Copola.
Uma coisa vejo em Bill Murray e em muitos atores americanos, ele é mais um ator, que não inventa personagem, ele só decora as falas e não tem timidez na frente da câmara. Para mim ele devia NEM concorrer ao Oscar de melhor ator. Se ele ganhasse seria o fim da academia.

MINHA NOTA
De 1 a 10, ficou com 3.

CONHECENDO O ATOR POR OUTRO FILME:

Bill Murray – destaque no papel de Dr. Peter Venkman em "Caça-Fantasmas 1 e 2."
Arlett Johansson – a loira fugitiva Jordan Two Delta no filme "A Ilha".

JUST ONE PHOTO:



Compromisso é obrigação, e ser ator tem sua vantagem, porque você pode mostrar estar alegre, mesmo não sendo verdade.

§...ARTE DO REAL...§

Ao assitir um filme,
temos a impressão de que é a própria vida que vemos na tela.
Isto é o cinema!
É o que nos faz esquecer da vida e dos problemas
por algumas horas ou minutos, nos encantando.
É a ilusão da verdade,
uma ARTE DO que é REAL,
uma sombra da realidade.
Sugestões, críticas, notas, fotos, curiosidades, enfim,
mais uma boa opção de filmes.
Sejam bem vindos!
Fiquem a vontade! Comentem.

5 de mar. de 2006

INDICADOS AO OSCAR DE 2006

OS VENCEDORES em vermelho.

MELHOR FILME
Capote (Capote)
O Segredo de Brokeback Mountain (Brokeback Mountain)
Munique (Munich)
Crash - No Limite (Crash)
Boa Noite e Boa Sorte (Good Night, and Good Luck)

MELHOR DIREÇÃO
George Clooney (Boa Noite e Boa Sorte)
Ang Lee (O Segredo de Brokeback Mountain)
Bennett Miller (Capote)
Steven Spielberg (Munique)
Paul Haggis (Crash - No Limite)

MELHOR ATOR
David Strathairn (Boa Noite e Boa Sorte)
Heath Ledger (O Segredo de Brokeback Mountain)
Philip Seymour Hoffman (Capote)
Joaquin Phoenix (Johnny e June)
Terrence Howard (Ritmo de um Sonho)

MELHOR ATRIZ
Charlize Theron (Terra Fria)
Judi Dench (Sra. Henderson Apresenta)
Keira Knightley (Orgulho e Preconceito)
Reese Whiterspoon (Johnny e June)
Felicity Huffman (Transamerica)

MELHOR ATOR COADJUVANTE
George Clooney (Syriana - A Indústria do Petróleo)
William Hurt (Marcas da Violência)
Jake Gyllenhaal (O Segredo de Brokeback Mountain)
Matt Dillon (Crash - No Limite)
Paul Giamatti (A Luta pela Esperança)

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE
Frances McDormand (Terra Fria)
Michelle Williams (O Segredo de Brokeback Mountain)
Rachel Weisz (O Jardineiro Fiel)
Amy Adams (Junebug)
Catherine Keener (Capote)

MELHOR ROTEIRO ORIGINAL
Paul Haggis e Robert Moresco (Crash - No Limite)
George Clooney e Grant Heslov (Boa Noite e Boa Sorte)
Woody Allen (Ponto Final - Match Point)
Noah Baumbach (A Lula e a Baleia)
Stephen Gaghan (Syriana - A Indústria do Petróleo)

MELHOR ROTEIRO ADAPTADO
Dan Futterman (Capote)
Jeffrey Caine (O Jardineiro Fiel)
Josh Olson (Marcas da Violência)
Tony Kushner e Eric Roth (Munique)
Larry McMurtry e Diana Ossana (O Segredo de Brokeback Mountain)

MELHOR MAQUIAGEM
As Crônicas de Nárnia - O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa
A Luta pela Esperança (Cinderella Man)
Star Wars: Episódio 3 - A Vingança dos Sith

MELHOR FOTOGRAFIA
Batman Begins (Batman Begins)
O Segredo de Brokeback Mountain (Brokeback Mountain)
O Novo Mundo (The New World)
Memórias de uma Gueixa (Memoirs of a Geisha)
Boa Noite e Boa Sorte (Good Night, and Good Luck)

MELHORES EFEITOS ESPECIAIS (VISUAIS)
King Kong (King Kong)

Guerra dos Mundos (War of the Worlds)
As Crônicas de Nárnia - O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa

MELHOR EDIÇÃO DE SOM
King Kong (King Kong)
Guerra dos Mundos (War of the Worlds)
Memórias de uma Gueixa (Memoirs of a Geisha)

MELHOR SOM
As Crônicas de Nárnia - O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa
Memórias de uma Gueixa (Memoirs of a Geisha)
King Kong (King Kong)
Guerra dos Mundos (War of the Worlds)
Johnny e June (Walk the Line)

MELHOR EDIÇÃO
O Jardineiro Fiel (The Constant Gardener)
A Luta pela Esperança (Cinderella Man)
Munique (Munich)
Crash - No Limite (Crash)
Johnny e June (Walk the Line)

MELHOR FIGURINO
A Fantástica Fábrica de Chocolate (Charlie and the Chocolate Factory)
Sra. Henderson Apresenta (Mrs. Henderson Presents)
Memórias de uma Gueixa (Memoirs of a Geisha)
Orgulho e Preconceito (Pride and Prejudice)
Johnny e June (Walk the Line)

MELHOR DIREÇÃO DE ARTE
Boa Noite e Boa Sorte (Good Night, and Good Luck)
Orgulho e Preconceito (Pride and Prejudice)
Memórias de uma Gueixa (Memoirs of a Geisha)
King Kong (King Kong)
Harry Potter e o Cálice de Fogo (Harry Potter and the Goblet of Fire)

MELHOR FILME ESTRANGEIRO
La Bestia nel Cuore (Itália)
Tsotsi (África do Sul)
Paradise Now (Palestina)
Joyeux Noël (França)
Uma Mulher Contra Hitler (Alemanha)

MELHOR FILME DE ANIMAÇÃO
O Castelo Animado (Hauru No Ugoku Shiro)
A Noiva-Cadáver (Corpse Bride)
Wallace & Gromit - A Batalha dos Vegetais

MELHOR CANÇÃO ORIGINAL
In the Deep (Crash - No Limite)
It's Hard Out Here for a Pimp (Ritmo de um Sonho)
Travelin' Thru (Transamerica)

MELHOR TRILHA SONORA
O Segredo de Brokeback Mountain (Brokeback Mountain)
Orgulho e Preconceito (Pride and Prejudice)
Munique (Munich)
Memórias de uma Gueixa (Memoirs of a Geisha)
O Jardineiro Fiel (The Constant Gardener)

MELHOR CURTA-METRAGEM
Our Time Is Up
Ausreiber
Cashback
Six Shooter
Sioasti Baerinn í Dalnum

MELHOR DOCUMENTÁRIO
A Marcha dos Pinguins (La Marche de L'Empereur)
O Pesadelo de Darwin (Darwin's Nightmare)
Murderball (Murderball)
Street Fight
Enron: The Smartest Guys in the Room

OUTRAS CATEGORIAS
Documentário Curta-Metragem: The note of Triumph
Curta-metragem de Animação: The moon and the son: an imagined conversation.