27 de out. de 2011

GAROTA FANTÁSTICA

Este é um filme que não faz você pensar e pensar, até que caia a ficha dos porquês nele envolvido, como o extraordinário “Amnésia”, que muita gente acaba achando chato, talvez porque o próprio roteiro faz um teste com o espectador, se o mesmo sofre de amnésia e entenderá realmente a história, ou se dirá, "não gostei" - afinal - "acaba sem pé e sem cabeça!" Será?

Mas o meu assunto é "Whip-it", horrivelmente traduzido para "Garota Fantástica", que marca a maneira inteligente que Drew Barrymore dirigiu o longa, e como Shauna Cross se saiu bem adaptando seu próprio livro “Roller Derby”. Como resultado, um trabalho cativante.

É uma lição maravilhosa para quem consegue vê-lo como tal, para pensarmos em como enfrentamos situações semelhantes ou não. O gosto amargo de uma desilusão amorosa; as discussões tolas com as pessoas que deveríamos apenas amar; as disputas ingênuas entre amigos e inimigos; o desejo de liberdade; o desejo de viver o que vem no coração, de ser livre para escolher quem eu quero amar, o que quero fazer e o que não quero fazer da vida; de não engolir o que me aborrece e de enfrentar o medo mesmo com tantas coisas conspirando contra minha vontade; dos absurdos ao ouvir :"você não nasceu para isso ou aquilo; eu só quero o melhor para você"; pais super protetores; o amigo-irmão que jamais queremos perder porque entende nossas ações, porque sabe como somos. Sem a timidez que congela, sem a vergonha que inibe, sem nada.

Sim, é um filme de adolescentes, mas com um espírito que devemos levar por toda a vida.
A guerra de comida no segundo ato é engraçadíssima; a privação materna por não admitir mentiras é exagerada; o abraço paterno por enxergar que a vida dura um instante, e que ver um filho feliz e deixa-lo fazer o que gosta, é mais seguro e encorajador.

Enfim, Whip-it simplesmente me cativou, e não é fácil esquecer-se de filmes, onde a alma é atingida sem muita razão aparente, mas, que trás emoção ao nível de prazer e choro, e os pensamentos giram em torno de cenas simples, num ato gostoso do ver e rever, como a cena da primeira vez na quadra na piscina.

Drew Barrymore, que também atuou no projeto, soube com capacidade e inteligência, desenvolver um filme engraçado e amoroso, sem perder o senso de humor e que permiti um momento de reflexão, sobre as coisas gostosas da vida, onde talvez, muitos questionam que certas coisas não valem nada, mas após vivenciar, não há duvidas, é a melhor coisa do mundo.

Chicoteia (whips), faça o que gosta de fazer, e não o que impõem como obrigação.


MINHA NOTA: 10.


JUST ONE PHOTO:




Uma pessoa valente consegue vencer obstáculos.





Trailer do filme:

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